A 16 de fevereiro de 1980, no meio de um cerrado nevoeiro no estuário do Tejo, o cargueiro sueco Barranduna colide, junto do Cais do Tabaco, com o porta-contentores inglês Tollan. Este último vira-se, com a quilha para cima, tendo, mais tarde, flutuado até junto ao Cais das Colunas.
Durante três anos, oito meses e quinze dias, todas as tentativas realizadas no sentido de o pôr novamente a flutuar revelam-se infrutíferas.
Os lisboetas passam a viver na expetativa de que uma dessas tentativas consiga fazer com que a quilha do navio naufragado dê a volta, ficando novamente em posição de poder navegar.
Inúmeras anedotas e rábulas são criadas tendo por tema o Tollan, até que, a 2 de dezembro de 1983, uma grua gigante consegue finalmente voltá-lo.
Fonte 1: Diário Popular n.º 14241, de 03-12-1983, 42º ano, pp. 1 e 8
Fonte 2: Diário de Lisboa n.º 21320, de 03-12-1983, 64º ano, pp. 1 e 6