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O ENGENHEIRO E A FADISTA
fado = fatalidade, destino


Autor
JORGE FRANCISCO MARTINS DE FREITAS

Excerto

Numa manhã de finais da década de 1950, Lisboa acorda acariciada pela amena claridade dos primeiros raios de sol.

O engenheiro Rogério Manuel de Albuquerque tinha chegado, há poucos minutos, ao Campo Pequeno, local onde, três vezes por semana, procede ao exame dos candidatos à obtenção de carta de condução.

É um jovem de estatura alta, detentor de faces morenas coroadas por serenos olhos castanho-escuros e cabelo da mesma cor, sempre penteado com esmero. Traja normalmente um fato cinzento-escuro suavizado por riscas mais claras, sob o qual sobressai uma imaculada camisa branca cujo engomado colarinho emoldura uma gravata preta graciosamente descaída sobre o peito.

Fora sempre muito pretendido pelas raparigas, impressionadas com o seu aspeto físico, que, segundo elas, se assemelhava a um afamado ator de Hollywood.

O pai, um modesto pedreiro, conseguira reunir outros profissionais, criando uma pequena firma de empreiteiros que proporcionava à família uma vida desafogada. Sempre tinha desejado que o filho viesse a cursar engenharia, incentivando-o a aplicar-se nos estudos. Este correspondeu ao desejo do progenitor, tendo sido um aluno exemplar.

Tinha-se formado havia dois meses e este era ainda o único emprego que conseguira arranjar, embora já tivesse quase como certa a entrada para os quadros de uma conhecida empresa de construção civil para a qual a firma do pai executava obras como subempreiteiro.

Este excerto faz parte do livro de contos ENTRE PARAGENS, já disponível em livrarias de Portugal e do Brasil.

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