Uma história passada em Portugal
Autor
JORGE FRANCISCO MARTINS DE FREITAS
Excerto
Situada no sopé da mais alta montanha da região, a velha urbe retoma, na primavera, a alva cor dos rigorosos invernos ao ser coberta por um vasto campo de amendoeiras em flor.
Uma casa em pedra, embora um pouco danificada, resiste, ainda hoje, à voragem do tempo.
Nos finais do século XIX, as paredes interiores daquele edifício, então situado nos arredores da vila, presenciaram o nascimento de Rita, única filha de Maria de Jesus, uma mulher ainda jovem que ali residia sozinha desde que os pais tinham falecido.
Quando apareceu grávida, começaram a apontar diversos homens da zona como eventuais pais da criança, não escapando às más-línguas o próprio padre. Maria de Jesus nunca se pronunciou sobre a identidade do progenitor da filha e, enquanto foi viva, sempre se afastou das investidas amorosas a que era, com frequência, sujeita.
A muito custo, cria a menina até esta atingir 6 anos de idade, altura em que decide deixá-la na casa rural de D. Beatriz, uma fidalga da região que procurava uma criadita. Gostaria de ter continuado a cuidar dela, mas uma grave doença que havia vários meses a atormentava, dificultava muito essa tarefa.
Este excerto faz parte do livro de contos ENTRE PARAGENS, já disponível em livrarias de Portugal e do Brasil.
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Autor
JORGE FRANCISCO MARTINS DE FREITAS
Situada no sopé da mais alta montanha da região, a velha urbe retoma, na primavera, a alva cor dos rigorosos invernos ao ser coberta por um vasto campo de amendoeiras em flor.
Uma casa em pedra, embora um pouco danificada, resiste, ainda hoje, à voragem do tempo.
Nos finais do século XIX, as paredes interiores daquele edifício, então situado nos arredores da vila, presenciaram o nascimento de Rita, única filha de Maria de Jesus, uma mulher ainda jovem que ali residia sozinha desde que os pais tinham falecido.
Quando apareceu grávida, começaram a apontar diversos homens da zona como eventuais pais da criança, não escapando às más-línguas o próprio padre. Maria de Jesus nunca se pronunciou sobre a identidade do progenitor da filha e, enquanto foi viva, sempre se afastou das investidas amorosas a que era, com frequência, sujeita.
A muito custo, cria a menina até esta atingir 6 anos de idade, altura em que decide deixá-la na casa rural de D. Beatriz, uma fidalga da região que procurava uma criadita. Gostaria de ter continuado a cuidar dela, mas uma grave doença que havia vários meses a atormentava, dificultava muito essa tarefa.
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